segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O ÚLTIMO COMBATE

Na terra, a luta não havia terminado. Para se tornar definitivamente o soberano dosdeuses e dos homens, Zeus ainda precisava combater um temível demônio, Tífon, que erao filho mais moço de Gaia.Quando esse ser monstruoso se aproximava, todo mundo fugia, e os própriosdeuses receavam enfrentá-lo. Sua força inesgotável, sua estatura descomunal e sua feiúrasuperavam as de todos os outros filhos de Gaia. Na extremidade de seus braços imensos,agitavam-se cabeças de dragão com língua preta. Cada uma delas soltava centelhas defogo pelos olhos e gritos de animal selvagem.Zeus as ouviu gemer, berrar e rugir uma após a outra. Preparou-se para a luta eempunhou suas armas. O choque foi terrível: a terra tremeu, o céu ficou em brasa, e o marse ergueu num vagalhão fervente. Dentre os dentes dos dragões jorravam chamas que osrelâmpagos de Zeus desviavam. De re- pente, juntando todas as suas forças, Zeuslançou um dardo
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poderoso, feito de seu raio, que inflamou de uma só vez as múltiplascabeças de dragão. O monstro se consumiu num fogaréu gigantesco, queimando toda avegetação em torno. Então, finalmente vitorioso, o senhor supremo do trovão o precipitouno fundo do Tártaro. Agora Zeus podia reinar. Voltou à sua morada no cume do monteOlimpo. Encoberto por nuvens espessas, o palácio do soberano dos céus ali se erguia,majestoso. Os deuses costumavam se encontrar no salão de mármore para alegresbanquetes, em que se deleitavam com néctar e ambrosia. Eles gostavam das festas, e voltae meia suas risadas e cantos ressoavam no Olimpo. Sentado num trono de ouro e marfim,Zeus dominava os deuses e o mundo embaixo.Com seu raio, podia agitar o céu e, com um meneio da cabeça, sacudir a terra. Todostemiam seu poder, mas respeitavam sua justiça.Essa vitória assinalou o início de uma nova era, em que nasceram os Mortais.
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Os daépoca de Crono eram diferentes.
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Espécie de lança, que se atira com a mão ou com a ajuda de uma arma.
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Os homens são chamados desse modo em oposição aos deuses, que são imortais.

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